STF inclui parte da delação de Funaro em inquérito contra
Filipelli - O ex-vice-governador do Distrito Federal é suspeito de
favorecer empresas de ônibus
O relator da
Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin,
autorizou o compartilhamento de parte da delação do doleiro Lúcio Funaro em
inquérito que investiga o ex-vice-governador do Distrito Federal, Tadeu
Filipelli (MDB). No processo, em tramitação no Tribunal de Justiça do Distrito
Federal (TJDFT), o político é suspeito de favorecer empresas de ônibus.
De acordo com a
denúncia, Filipelli teria recebido propina de uma das empresas que prestam
serviço na capital, Viação Piracicabana, para dificultar as investigações na
CPI dos Transportes da Câmara Legislativa. A licitação que renovou a frota de
ônibus é alvo dos promotores, que acusam membros do governo e do Legislativo de
favorecimento ilícito durante o certame.
Além de Filipelli, também são citados na investigação o deputado
distrital emedebista Rafael Prudente e o petista Ricardo Vale. Ambos negam o
envolvimento no caso.
Filipelli
também é investigado por supostas irregularidades nos contratos para a reforma
do Estádio Nacional Mané Garrincha - que custou R$ 1,5 bilhão e do Centro
Adminstrativo do DF - que de acordo com a concessionária construtora, custou R$
1 bilhão, valor ainda não repassado pelo governo.
Lava Jato
Outro depoimento da Operação Lava Jato também cita Filipelli, do doleiro José Antônio Pacífico. O vice-governador chegou a divulgar um vídeo, em 2017, negando a acusação de que teria recebido R$ 15 milhões em propina da Odebrecht para acelerar a liberação do Centro Administrativo, construído em Taguatinga.
Fonte: Destak -
Brasília - Foto: Saulo Cruz/ Câmara Legislativa