Cerrado na Floresta Nacional de Brasília. Foto: Renato Araújo/Agência
Brasília – 2.3.2017
"Projeto ambiental será apresentado na tarde desta
sexta-feira (24), no Cerratenses. Programação faz parte das atividades do Mês
das Águas"
As políticas ambientais de proteção ao Cerrado
avançam em Brasília. Nesta sexta-feira (24), serão apresentados os
desdobramentos do Programa
de Recuperação do Cerrado no Distrito Federal, o Recupera Cerrado.
O evento, aberto ao público, ocorrerá no Centro de
Excelência do Cerrado (Cerratenses), no
Jardim Botânico, das 14 horas às 18h30.
Criado em setembro, por meio do Decreto nº
37.646, assinado
pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, o programa tem como
objetivo estabelecer novos métodos de recuperação ambiental do bioma.
As
atividades são coordenadas pela Secretaria do Meio Ambiente e pelo fórum Aliança Cerrado.
O plano
apresenta soluções operacionais para o biênio 2018-2020, considerando
principalmente a questão dos recursos hídricos, a preservação das bacias, e as
formas de restauração da vegetação nativa.
“Trabalhamos
sob a perspectiva de mapas de áreas prioritárias para recuperação e
conservação, incluindo as áreas de mananciais”, destaca o superintendente doCerratenses, Rafael
Poubel.
O trabalho
integrado foi construído pelo fórum Aliança Cerrado – colegiado coordenado pela
pasta do Meio Ambiente e formado por mais de 35 entidades públicas, privadas e
organizações não governamentais (ONGs) de cunho ambiental.
A reunião
de sexta-feira (24) será o momento que os membros do fórum poderão avaliar os
avanços do projeto, sugerir adaptações e complementos ao texto do plano de
trabalho.
Em abril, a
equipe colocará o plano disponível para consulta pública por pelo menos 30
dias. A data integra a programação
do Mês das Águas.
Compensação ambiental é um dos focos do Recupera Cerrado - Para restaurar as áreas de vegetação nativa degradadas pela indústria e pela vida urbana, o Recupera Cerrado estabelece mudanças nas regras de compensação florestal no DF.
De acordo
com o plano, empresas que desmatam o bioma no território, em vez de recuperarem
o local por conta própria, podem depositar valores em forma de pecúnia. Esses
serão destinados ao financiamento de editais de apoio ao programa.
No modelo atual, a compensação florestal no DF prevê o plantio de
30 árvores nativas para cada uma derrubada. No caso de árvores exóticas, são
exigidas dez novas. A forma de compensação é determinada pelo Instituto Brasília
Ambiental (Ibram).
A previsão
é que o edital para estabelecer o método a ser usado e as áreas prioritárias
seja lançado no primeiro semestre. De acordo com pasta do Meio Ambiente, áreas
de preservação permanente, reservas legais e unidades de conservação são
prioridade da iniciativa.
“Queremos
que os plantios já comecem com as chuvas de fim de ano”, antecipa Poubel. Ele
adianta também que a secretaria trabalha em parceria com a Fundação de Apoio à
Pesquisa do DF para
desenvolver projetos de avaliação dos resultados do plano, após a implementação.
Fórum sobre o Programa de Recuperação do Cerrado no Distrito
Federal (Recupera Cerrado) - 24 de março (sexta-feira) - Das
14 horas às 18h30 - No Cerratenses — Jardim Botânico de Brasília (Setor de
Mansões Dom Bosco, Lago Sul, entrada pela subida da QI 23)
Agência
Brasília